segunda-feira, 31 de março de 2008

Estudo sugere que mulheres são mais espertas na paquera




Um estudo realizado nos Estados Unidos sugere que homens tem mais dificuldade em identificar os sinais não-verbais demonstrados na hora da paquera do que as mulheres. A pesquisa, realizada na Universidade de Indiana, reuniu 280 estudantes heterossexuais com idade média de 20 anos - a maioria dos participantes (64%) era composta por homens.

Os pesquisadores mostraram uma série de 300 fotografias de mulheres e homens que demonstravam expressões de amizade, tristeza, rejeição ou interesse sexual aos voluntários e pediram que os participantes identificassem qual era a intenção expressa nas imagens.


Os resultados indicam que os homens confundiram com mais freqüência (37%) que as mulheres (31%) uma expressão de interesse sexual como um sinal de amizade.


No caso contrário - uma expressão amigável ser interpretada como sinal de interesse sexual - os homens também demonstraram maior dificuldade de interpretação. Os resultados indicam que 13% dos homens confundiram estas expressões, comparados com 8% das mulheres.


A pesquisa rvelou ainda que 67% das estudantes universitárias que participaram da pesquisa afirmaram que já haviam sido mal interpretadas por homens quando estavam apenas querendo ser amigáveis.


"As diferenças entre as percepções de intenção sexual entre homens e mulheres reforçam a idéia de que os homens confundem as intenções com mais freqüência do que as mulheres", disse Coreen Ferris, que liderou o estudo.


"Os homens mais jovens têm dificuldade de distinguir entre uma mulher que está sendo amigável e outra que está demonstrando que quer 'algo mais'", afirmou.


A pesquisa será publicada na edição de abril da revista científica Psychological Science.
BBC Brasil


Tarefa valendo uma Scientific American Brasil: Localizar o artigo na Psychological Science, trazer uma cópia para a aula. Responder: Usando os dados da notícia acima dizer quantos homens erraram ao interpretar uma expressão amigável como sinal de interesse sexual?

Metodologia de Análise Estatística

PessoALL,
Vejam um bom exemplo de como explicar o método usado numa pesquisa. Abaixo a metodologia usada pela DataFolha na pesquisa de opinião pública em 01/12/2007 intitulada: " Maioria continua sendo a favor de reeleição para um segundo mandato, mas apoio diminui; 65% são contra mudanças na lei para permitir que Lula dispute terceiro mandato em 2010".

A pesquisa do Datafolha é um levantamento por amostragem com abordagem em pontos de fluxo populacional com cotas sexo e idade e sorteio aleatório dos entrevistados. O conjunto da população com 16 anos ou mais do país é tomado como universo da pesquisa e dividido em quatro sub-universos que representam as regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Norte/Centro-Oeste.

Em cada sub-universo os municípios são agrupados e sorteados de acordo com seu porte.

Desta forma a pesquisa fornece resultado para o Brasil, regiões e natureza dos municípios que podem ser generalizados dentro de certos limites estatísticos.

Nesse levantamento realizado entre os dias 26 e 29 de novembro de 2007, foram realizadas 11741 entrevistas em 390 municípios nas seguintes unidades da Federação : São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Alagoas, Sergipe, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Goiás, Tocantins, Pará, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Rondônia.

A margem de erro máxima decorrente desse processo de amostragem é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. Isto significa que se fossem realizados 100 levantamentos com a mesma metodologia, em 95 os resultados estariam dentro da margem de erro prevista.


Essa pesquisa é uma realização da Gerência de Pesquisas de Opinião do Datafolha.

sexta-feira, 28 de março de 2008

"Bate Papo com Professor".

Olá Osame!
Tudo bem? Nós do CEP, Centro de Estudos da Psicologia, realizamos uma atividade quinzenal chamada "Bate Papo com Professor". Nesses encontros nós convidamos um professor para falar sobre sua vida, seus valores, suas escolhas e o que mais ele quiser. Com essa atividade procuramos conhecê-lo em outros aspectos para os quais nao sobra espaço no dia a dia. Bom, estamos convidando você para participar dessa atividade com a gente.O que acha?
Ela aconteceria na terça feira próxima (01/04) as 16:30, na sala 09 do bloco didático. Aguardo sua resposta.
Obrigada.
Mara

> Oi Mara, claro que aceito.
> > Está marcado!
> > Abraços,
> > Osame
> > PS: será que você poderia me lembrar desse compromisso na terça feira, durante minha aula de Estatística para Psicologia (sala 1 - das 14 as 16 horas)?

Que ótimo, então!
Terça-feira eu, ou alguém do CEP, passa no primeiro ano para te lembrar e também para divulgar o Bate-Papo para os calouros. Até lá!
Mara

quarta-feira, 26 de março de 2008

Perceptron


Embora Frank Rosemblatt tenha publicado um report em 1957, o primeiro artigo sobre o Perceptron publicado em revistas científicas é de 1958, ou seja, exatamente há 50 anos. Para comemorar essa data, vou contar nos próximos posts algo sobre o Perceptron.


Este site de livros raros onde encontrei o exemplar do Psychologial Review de 1958 é interessante.


Da Wikipédia, a conferir mais tarde:




More recently, interest in the perceptron learning algorithm has increased again after Freund and Schapire (1998) presented a voted formulation of the original algorithm (attaining large margin) and suggested that one can apply the kernel trick to it. The kernel-perceptron not only can handle nonlinearly separable data but can also go beyond vectors and classify instances having a relational representation (e.g. trees, graphs or sequences).

Freund, Y. and Schapire, R. E. 1998. Large margin classification using the perceptron algorithm. In Proceedings of the 11th Annual Conference on Computational Learning Theory (COLT' 98). ACM Press.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Casamento de feio com bonita "tem mais chance de dar certo"

Um exemplo de estudo estatístico sobre o comportamento das pessoas!

Estudo sugere que homens bonitos são mais insatisfeitos com seu casamento.

Um estudo de cientistas americanos indicou que casamentos têm mais chance de dar certo quando a mulher é mais bonita que o homem.

A pesquisa, conduzida por uma equipe de psicólogos da Universidade do Tennessee, analisou como a diferença entre o "nível de atratividade" dos parceiros se relaciona com a satisfação de um casal.

Através de entrevistas com cerca de 80 casais recém-casados, os cientistas perceberam que a beleza teve efeitos "robustos e universalmente positivos" no início dos relacionamentos.

Mas, nos casamentos que se seguiram, "os homens mais bonitos estavam menos satisfeitos", eles escreveram, em um artigo publicado na revista científica Journal of Family Psychology.

"Os homens mais bonitos que suas parceiras demonstraram tendência a oferecer menos apoio emocional e prático às suas mulheres", avaliou o professor James McNulty, que coordenou o estudo, segundo o jornal britânico Daily Mail.

"Homens mais bonitos têm à disposição mais possibilidades de relacionamentos de curto prazo, o que os torna menos satisfeitos e comprometidos com o relacionamento."

No artigo, os pesquisadores afirmam que níveis similares de beleza foram importantes no início do relacionamento - mas foram perdendo importância à medida que a relação evoluía.

Segundo eles, "ambos os parceiros se comportaram mais positivamente em relacionamentos em que as mulheres eram mais atraentes que seus maridos, e negativamente nos relacionamentos em que os homens eram mais atraentes que suas mulheres".
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Questão: Tente encontrar via Google o artigo original, publicado em revista científica. Descubra como foram divididos os 80 casais. Em quantos grupos você acha que deveriam ser divididos?
Esta questão vale um examplar da Revista Mente e Cérebro para quem primeiro colocar a resposta aqui.

domingo, 23 de março de 2008

Estatística da Culinária


São Paulo, domingo, 23 de março de 2008


MARCELO LEITE - A evolução do ovo - A evolução culinária se parece com a dos genes


No cardápio do almoço de Páscoa que se avizinha, existe mais de uma chance entre dez de se encontrar ovo. Não só o de chocolate, certeza e delícia ainda maior, mas também o substancial produto do esforço da galinha. Pode estar na farofa, ou na massa da macarronada. Ou, mais provável, na sobremesa. Nem mesmo a mania nutricionalmente correta de excomungar tudo que tenha colesterol foi capaz de banir essa maravilha de uma enorme quantidade de receitas. Se você acha que isso nada tem a ver com ciência, enganou-se. Esta coluna não muda de assunto, ou o faz só raramente. E, assim como não resiste a chocolate, tampouco deixaria de deliciar-se com um artigo científico que começa assim: "Comida é uma parte essencial da civilização".


O artigo "A Natureza de Não-Equilíbrio da Evolução Culinária" foi recusado pelo editor do periódico "Physical Review E", que o considerou um estudo de antropologia cultural, não de física. Dois de seus autores, porém, são físicos (Osame Kinouchi e Antônio Carlos Roque, ambos da USP de Ribeirão Preto). O texto pode ser localizado na internet (arxiv.org/ftp/arxiv/papers/0802/0802.4393.pdf.) Durante um jantar, eles e Rosa Garcia, nutricionista da mesma universidade, debatiam um assunto matemático trivial -redes complexas. Entre uma garfada e outra, surgiu a hipótese de que ingredientes e receitas culinárias guardem entre si o tipo de conexão estatística que caracteriza essas redes. Para testar a hipótese, o trio não se dirigiu a um laboratório, a "cozinha repugnante" de que fala Bruno Latour, onde se refogam conceitos com ninharias. Foram buscar seus dados nos livros. Mais precisamente: três edições do clássico "Dona Benta" (dos anos 1946, 1969 e 2004), um "Larousse Gastronomique", um "New Penguin Cookery Book" e até o medieval "Pleyn Delit". O passo seguinte foi laborioso: anotar à mão 3.394 ingredientes mencionados em 7.702 receitas. Em seguida, eles foram classificados num ranking de freqüência (em quantas receitas eram listados) para cada livro. Já com a ajuda de um especialista em informática (Adriano Holanda) e de outro físico (Pedro Zambianchi), iniciaram a busca por equações que descrevessem as freqüências relativas.


Acabaram descobrindo curvas de distribuição, similares entre todas as obras, que obedeciam às chamadas leis de potência. Noves fora, concluíram que um ingrediente na posição r do ranking é 2,6 vezes (2 elevado a -1,4) mais freqüente que outro na posição 2r. Um exemplo: na edição de 2004 do "Dona Benta", o ovo é o oitavo ingrediente mais comum, aparecendo em 412 receitas; já o caldo de limão, na 16ª posição (r=8; 2r=16), comparece em 186 delas. Bem, 412 dividido por 186 dá 2,2, e não os 2,6 da lei de potência encontrada. Para corrigir distorções como essa, os gourmets de Ribeirão enriqueceram a receita com uma pitada de "aptidão" ("fitness") para cada ingrediente, um valor entre 0 e 1 que poderia representar muitas coisas a influenciar sua posição no ranking -como a facilidade de encontrá-lo na feira.


Kinouchi e equipe mostraram mais que uma curiosidade matemática: a evolução culinária se parece muito com a de genes. Observa-se, por exemplo, o dito "efeito fundador". Um ingrediente comum nas primeiras receitas de um povo tende a permanecer em sua culinária por longo tempo, mesmo após intensa miscigenação. Assim como os brasileiros continuarão morenos por gerações a fio, vários de seus futuros quitutes também levarão ovos.


MARCELO LEITE é autor de "Promessas do Genoma" (Editora da Unesp, 2007) e de "Brasil, Paisagens Naturais - Espaço, Sociedade e Biodiversidade nos Grandes Biomas Brasileiros" (Editora Ática, 2007). Blog: Ciência em Dia ( www.cienciaemdia.zip.net ). E-mail: cienciaemdia@uol.com.br

quarta-feira, 19 de março de 2008

Amor "blinda" casais ao charme alheio, diz pesquisa


19/03/2008 - 09h22

da Folha Online


Uma pesquisa da Universidade da Califórnia indicou que pessoas apaixonadas se tornam mais indiferentes aos encantos de pessoas estranhas ao relacionamento.
A teoria de que emoções profundas são capazes de "cegar" os casais românticos sugere que o amor tem uma função distinta do desejo em um relacionamento, disseram os cientistas.
O experimento, feito em parceria com uma empresa de relacionamentos e divulgado na edição desta quarta-feira da revista New Scientist, envolveu 120 estudantes de ambos os sexos em relacionamentos longos.
Cada um recebeu uma foto de uma pessoa bonita, mas desconhecida. Depois os estudantes foram separados em grupos, cada um com uma "tarefa emocional": escrever sobre seu envolvimento amoroso com o parceiro, escrever sobre desejo sexual em relação ao parceiro, ou escrever sobre qualquer tema.
Aqueles que escreveram sobre amor se lembraram de menos detalhes sobre as pessoas das fotos do que os que escreveram sobre os outros temas.
"Mostramos que sentir amor por um parceiro romântico facilita a supressão de pensamentos em parceiros atraentes", escreveram os pesquisadores, em um artigo na revista científica Evolution and Human Behavior.
"O amor, mas não o desejo sexual, resultou em maior compromisso com o parceiro durante o estudo.""Os resultados sugerem que o amor tem uma função diferente da do desejo, podendo funcionar como um 'mecanismo de compromisso' em um relacionamento."
Os cientistas especulam que este comportamento pode ter evoluído no ser humano para garantir às crias de um casal um cuidado maior.


Questão: sem ler o artigo original, estime qual o tamanho de cada grupo analizado.

terça-feira, 11 de março de 2008


Pessoal, amanhã a tardezinha colocarei mais duas aulas no Portal e na quinta as levo para o Xerox. Por enquanto, fica aqui um exercício: comentar os possíveis fatores que produziram o resultado desta pesquisa.




Ter, 11 Mar, 06h24
WASHINGTON (AFP) - As pessoas com maior nível de escolaridade tendem a viver mais, revelou nesta terça-feira um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Harvard.
"Entre a década de 1980 e o ano 2000, o aumento maior da expectativa de vida ocorreu quase de maneira exclusiva nos grupos com maior educação", assegura o estudo.
"Ao se comparar o período entre 1981 e 1988 com o que vai de 1991 a 1998, a esperança de vida aos 25 anos aumentou em 1,4 ano para as pessoas com maior educação, mas em apenas 0,5 para os com menor escolaridade", acrescenta.
"Entre 1990 e 2000, a expectativa de vida aumentou 1,6 ano para o grupo com maior educação, mas se manteve sem mudanças para aqueles com menor preparação", asseguram os pesquisadores.
A diferença na longevidade significa que a pessoa terá tempo suficiente para completar estudos universitários, como mestrado e doutorado, indica o estudo.
"Em 2000, a esperança de vida para alguém com 25 anos com diploma do secundário ou de nível mais baixo era de mais 50 anos (até os 75 anos). Para uma pessoa com estudos universitários, era de quase 57 anos", acrescenta.



segunda-feira, 10 de março de 2008

Homens que dividem tarefas domésticas atraem mulheres


Comente a pesquisa abaixo: na sua opinião, o aumento foi significativo ou, pelos dados apresentados, não é possível saber?




Uma revisão das pesquisas sobre a mudança nos papéis familiares preparada por pesquisadores americanos sugere que as mulheres sentem-se mais atraídas pelos homens que ajudam nas tarefas domésticas.
A pesquisa analisou os diversos estudos sobre as mudanças no papel masculino nas tarefas domésticas e concluiu que a contribuição dos homens nas atividades da casa aumentou em 15% nos últimos 40 anos.
Segundo o psicólogo Joshua Coleman, autores de um dos estudos analisados na revisão, a divisão do trabalho doméstico está associada com um aumento no nível de satisfação nos casamentos.
"As mulheres dos maridos que participam das tarefas domésticas sentem mais interesse sexual e afeição pelos maridos", afirma Coleman.
Os resultados da revisão serão apresentados na conferência anual do Conselho das Famílias Contemporâneas, que será realizado em Abril na cidade americana de Chicago.


Tendência


A pesquisa sugere ainda que a contribuição dos homens nas tarefas domésticas é gradual, ou seja, quanto mais tempo as mulheres ficam empregadas em período integral, maior é a contribuição dos homens nas tarefas do dia-a-dia.
Para os pesquisadores, no entanto, a principal mudança nos papéis familiares foi o aumento na participação dos pais no cuidado com os filhos.
De acordo com os resultados, de 1965 a 2003, o tempo que os homens passam cuidando dos filhos triplicou. O aumento foi observado também entre as mães, que passam duas vezes mais tempo cuidando das crianças do que faziam na década de 60.
De acordo com os pesquisadores, este aumento pode ser relacionado com a mudança nos padrões de qualidade de vida observado entre pais e mães sobre o tempo que passam com seus filhos.
Segundo a revisão, as pesquisas nesta área apontam que o aumento no envolvimento masculino das atividades domésticas é uma tendência que deve aumentar com os anos.
BBC Brasil

quinta-feira, 6 de março de 2008

Aulas de Estatística Aplicada I

Oi pessoALL !!!

Já estão no Portal da Filô as aulas apresentadas pelo professor Osame. O link é http://portal.ffclrp.usp.br . Para acessar é preciso ter o número USP. É tudo bem simples! Desde o primeiro acesso! Para baixar as aulas é preciso procurar pela disciplina que tem o código 5910209. Vcs também podem procurar o material didático de outras disciplinas!

Abraços!
Qualquer dúvida mande recados!!! Ou conversamos por aí!